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domingo, 28 de junho de 2009

"Conquistas do Amor"



O amor é sempre o responsável por tudo quanto existe.
Quando se encontra presente, resplande a beleza e se ampliam as perspectivas de felicidade em toda parte.
Quando ausente, de alguma forma, fenece (acaba) a esperança, cresta-se (queima-se) a paisagem, a dor se instala e a amargura dilata as suas fronteiras, produzindo morbo (enfermidade) e desolação.
Isso, porque o amor é Deus vibrando de contínuo em tudo e em todos.
O amor expressa-se através da claridade do Sol, da brisa venturosa, do silêncio ou das vozes da Natureza em festa, do sorriso da criança descuidada, da
expressão de ternura do ancião, do olhar sonhador do artista, do braço forte do lutador, da aspiração do conquistador, do sacrifício do mártir, da esperança do servidor, da alegria que estua (ferve) na alma de quem espera ternura e compreensão...
O amor é paciente e confiante, irradiando-se como suave luz que aquece e clarifica o caminho.
Nunca se cansa e jamais desiste.
Quando tudo se encontra amortalhado (envolvido) pela imperfeição, o amor trabalha as formas e arranca do grotesco (ridículo) o belo, do charco (poça) o jardim, do deserto o pomar, da aridez a fonte generosa, porque possui o poder de alterar todos os contornos da vida.
O amor vivifica e constrói o mundo, sendo o escultor privilegiado de tudo quanto existe, porquanto é vitalizado por Deus.
Ausente o amor, a vida se faz triste, o sonho se converte em pesadelo, a esperança deperece (perece), a alegria emurchece no coração, a confiança se entibia (resfria), a ação diminui, o bem desaparece...
Aquele que o não sente, faz-se verdugo (pessoa cruel) de si mesmo, espalhando morbidez e impiedade.
Por onde passa, escraviza, infelicita, deixa marcas de destruição, porque se encontra destruído interiormente.
O ódio segue-lhe as pegadas, o desespero o amaldiçoa, a desgraça o persegue, a morte sombreia-lhe a consciência, e a sua é sempre a presença do desencanto
e da aflição.
Sem paz, a ninguém permite harmonia; sem júbilo, distribui azedume.
O amor, porém, dilui todas as sombras, se enfloresce sobre os escombros e reconstrói sobre a destruição.
É o amor que alimenta a noite daqueles que esperam o silêncio dos que oram a coragem dos que se entregam ao bem, a determinação de quem não cessa de
lutar.
Sem amor, a vida não tem sentido.

Joanna de Ângelis

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